segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval 2.010




Na sexta-feira, dia 12, a Oficina Terapêutica participou "com todo gás" de mais um Carnaval da Inclusão, evento organizado pela Associação Cultura de Votorantim e que aconteceu no prédio da Cianê, em Sorocaba.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"A família do portador de doença mental"

Doença mental é toda patologia que afeta o psiquismo, a vida social e as funções mentais de maneira severa. Saúde mental é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou ausência de uma doença mental.
A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe “definição” oficial de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos e teorias relacionadas diferentes afetam o modo como a saúde mental é definida.
Antes a assistência centrava-se unicamente aos Hospitais Psiquiátricos, restrito à internação e medicalização. No modelo atual as políticas de assistência reivindicam a diminuição de leitos hospitalares e criação de serviços substitutivos como os CAPS, a nossa Oficina Terapêutica, Ambulatórios de Saúde Mental, etc. Este modelo trouxe também a inclusão da família no processo do “cuidar”, levando em consideração a conjugação de doenças diferentes que interferem na família e no paciente.
Com os tratamentos oferecidos hoje em dia o portador é capaz de ocupar espaços profissionais e sociais, contudo, à partir do momento que alguém vem a saber de sua “doença”, surge o preconceito.
Isso é relatado pelo usuário José Luiz que percebe o preconceito tanto na sociedade quanto na própria família: “muitas vezes quem está próximo da gente é que age com mais preconceito”, diz.
Tendo em vista a inclusão da família neste processo nosso estudo visou compreender os principais problemas enfrentados pelos familiares dos portadores de doença mental. Percebe-se que as principais dificuldades encontradas foram: dificuldade de manejo em situação de crise, culpa, problemas familiares emergentes, problemas econômicos, perspectivas frustradas de “cura”, desconhecimento da doença propriamente dita, preconceito em relação à doença e ao portador desta.
A importância da família é necessária para oferecer/fornecer apoio, estando assim sempre presente dando ao portador da doença condições de aderir e obter sucesso no seu tratamento.
Este estudo também mostrou a necessidade de ajuda profissional especializada, tanto pelo fato dos familiares demonstrarem pouco ou conhecimento superficial da doença, quanto para o auxílio no tratamento do usuário.
A usuária da Oficina Terapêutica Adriana refere que tinha muita dificuldade em aceitar e conviver com a doença; recebendo o tratamento na Oficina Terapêutica “recobrei a auto-estima e alegria de viver, bem como recebi necessário suporte para o tratamento”. A usuária do mesmo serviço, Sueli, ressalta que através dos estudos para esta pesquisa pode “compreender o sofrimento e cuidado dos seus familiares em relação ao portador de doença mental”. Edna e Gilson reafirmam a importância e interesse da família no tratamento e também a dificuldade que as pessoas tem em abordar o tema.
Muitas vezes o acompanhamento é dificultado por motivos como: incapacidade, questões geográficas e outros, gerando assim tristeza, culpa e impotência do familiar, levando a um tratamento deficiente. Contudo, há muitos familiares envolvidos que valorizam, se interessam e mostram que a família vem ocupando o seu papel.

--x--

Texto produzido pelos usuários da O.T., faz parte da pesquisa realizada no grupo "Repórter em Ação". Este grupo tem como objetivo trabalhar - no sentido de refletir, produzir e informar - temas relevantes da atualidade e que façam parte do cotidiano e interesse de nossos usuários.

Criação:
Adriana Cristina Gomes
Edna Lima Martins
Gilson Mota
José Henrique Raggio Barbará
José Luiz da Silva Neto
Sueli Maria Elias